Posted by : Desportos 24h quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Noite de festa luso-brasileira em Boston, nos Estados Unidos, que terminou com triunfo «canarinho» por 3x1. Portugal até esteve a vencer mas acabou por sucumbir ao poderio do futebol brasileiro.

Assim que A Portuguesa e o hino nacional brasileiro entoaram os primeiros acordes para a multidão no Gillette Stadium percebeu-se que o encontro, embora particular, transcendia largamente essa condição. Os 62 mil adeptos que pintaram de amarelo, vermelho e verde as bancadas do impressionante palco norte-americano cantaram os sons em forma de orgulho nacional e a língua portuguesa tomou conta da noite de terça-feira em Foxboro, nos arredores de Boston.

A ausência de Cristiano Ronaldo foi notada, logicamente, sobretudo nas horas que antecederam o início do jogo. Os adeptos – portugueses e brasileiros – lamentaram o facto que, no entanto, seria relativizado com a entrada em cena dos protagonistas presentes dos dois lados da contenda; Neymar, pois claro, foi o mais ovacionado e a «estrela» do FC Barcelona trataria de retribuir com um golo sensacional, aos 34 minutos.


Nesse minuto, quando o «camisa dez» da «canarinha» ensaiou um solo perfeito entre vários jogadores lusos que terminou com um remate imbatível para Rui Patrício dentro da área, o Brasil virava o marcador que tinha começado por lhe ser desfavorável; era também o momento em que o pentacampeão mundial pegava no jogo depois de meia hora de domínio repartido.
A «oferta» de Maicon e o renascimento do Brasil

No filme que antecedeu o acto individual de Neymar, Portugal mostrou-se à altura do desafio, mesmo sem a estrela maior Cristiano Ronaldo, que foi substituído por Nani no onze inicial. Antes de chegar à vantagem, Nélson Oliveira - a segunda novidade no onze de Paulo Bento – proporcionou o primeiro grande momento de futebol da noite, ao rematar ao poste na sequência de um lance acrobático.

Depois, o brinde de Maicon, aos 18 minutos. Na tentativa de atrasar a bola para Júlio César, de cabeça, o lateral deixou Raúl Meireles na cara do guardião do QPR e o médio luso agradeceu o presente e instalou a festa portuguesa no Gillette Stadium.

Uma festa que durou seis minutos, até que Thiago Silva usou o físico para se impor no espaço aéreo e igualar a partida (24’) com um golpe de cabeça imponente. Tudo igual, mas o Brasil ameaçava crescer; e cresceu, ainda que Nani tenha tido na cabeça (32’) o golo para nova vantagem portuguesa, na finalização de uma grande jogada coletiva que envolveu Moutinho e Vieirinha.

Pouco depois chegou o show de Neymar (que joga a um ritmo alucinante) e o jogo caía em definitivo para o lado amarelo da questão. Entre os 35 e os 40 minutos foi um «salve-se quem puder» na (des)organização defensiva de Portugal, literalmente atropelada pela avalanche «canarinha», que em três momentos esteve muito perto de fazer o 3x1.

Jô finalizou o que se adivinhava

O que não chegou antes do intervalo acabou por vir logo no início da segunda parte. Com Neto ainda a ambientar-se (tinha entrado para o lugar de Pepe), Neymar e Maxwell fabricaram a jogada pelo flanco esquerdo e Jô finalizou à «boca» da baliza. Portugal sofria o canto do cisne em Boston e o que sobrou do jogo viveu da preocupação portuguesa em não piorar os números do desaire. O Brasil apresentou mais futebol, mais soluções e venceu bem.

Nota final para Luiz Felipe Scolari, o homem que esta noite reencontrou Portugal e que no terceiro duelo pessoal entre lusos e brasileiros voltou a sorrir, depois de ter vencido os dois encontros enquanto selecionador português.

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